quarta-feira, 6 de junho de 2012

Camponês de mim

Em uma xícara de café, com os olhos fixos nas estrias da mesa de madeira,
ri por dentro de todas as preocupações que me angustiavam.

As coisas que construímos em vida para a invenção moderna do conceito de prazer e realização.
É, realmente, engraçado enxergar que tudo o que queremos conquistar por aqui faz parte de algo que
não faz parte de nada.
Mas é isso que nos prende os "pés no chão", que nós trás para cá, ao lado de tudo e de todos.

Como será, então, que devemos seguir em frente perante uma coisa que apresenta possibilidades infindáveis de se fazer acontecer, mas que reduzimos a um copo de cerveja, ou uma casa na praia, ou talvez, a segurança de padecermos tranquilos?!

Limitados por nossas próprias limitações, tudo isso me fez lembrar de uma passagem que um famoso mago escreveu:

" Cada pessoa, em sua existência, pode ter duas atitudes: construir ou plantar.
Os construtores podem demorar anos em suas tarefas, mas um dia terminam aquilo que estavam fazendo.

Então param, e ficam limitados por suas próprias paredes. A vida perde sentido quando a construção acaba. Os que plantam sofrem com as tempestades, as estações e raramente descansam.

Mas, ao contrário de um edifício, o jardim jamais para de crescer. E, ao mesmo tempo em que exige a atenção do jardineiro, também permite que, para ele, a vida seja uma grande aventura." - Paulo Coelho

E se vierem as tormentas e devastarem tudo, no meio do meu peito, meu saquinho de sementes ainda está cheio para começar tudo de novo.








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